segunda-feira, 9 de setembro de 2013

3umSó - Talibã (resenha)



Oriundo da mesma Brasília que já concebeu nomes como Câmbio Negro, Gog e Tribo da Periferia para o rap nacional, o 3umSó apresenta o disco Talibã, onze faixas de um hip-hop atual embebido em sexo, drogas e violência (negô).

A linguagem gangsta aqui não é a de um discurso repetido, mas um papo reto e sem rodeios, direto ao ponto de soar verdadeiramente abrasivo aos ouvidos mais sensíveis. A base acelera no trap (mas não só) e o uso do autotune é acompanhado do flow ora ácido ora relaxado dos MCs. Refrães como os de Terra de Piranha e Escamoso deixam claro que o grupo trabalha com habilidade a construção das canções, montados sobre estrutura que favorece a escalada das narrativas dentro das batidas.

O grande mérito de Talibã é exercer com efetividade a equação “Cenário lírico gangsta+ criatividade nas batidas”. Acaba sendo um dos melhores discos de rap do ano, o que não é pouca coisa. 7,5/10   

Nenhum comentário:

Postar um comentário